Seria ingratidão (muita ingratidão) se eu não escrevesse um artigo especial para o meu primeiro seguidor.
Este Blog começou há umas duas semanas, como um desabafo para as minhas aflições. Eu não queria incomodar ninguém com elas. Demorei um pouco até confessar que estava escrevendo estes artigos. Escrever é tão pessoal, como ter coragem de mostrar para as outras pessoas, expor suas palavras ao riso e ao descaso, tentar fazer com que terceiros sintam algo que só aflige a nós mesmos.
Por esses e outros tantos motivos, relutei antes de começar a divulgar a página, que ontem recebeu o primeiro (e gratificante) elogio - vindo do meu primeiro seguidor, honra que eu nem acredito merecer.
Como eu já disse mais de uma vez, aqui mesmo, esse PREX está sendo um poço de agonias que, volta e meia, são aplacadas por uma dádiva inesperada que me faz esquecer, por alguns minutos, todos os castigos que ainda me esperam nesta epopéia que mal começou. E que, infelizmente, custa a findar.
Nas últimas (ou penúltimas) férias, eu li A Divina Comédia, embalada pela rede e pelo vento que ameniza o calor do sertão. Mesmo não tendo a imaginação tão fértil, e sem as ilustrações de Doré para me ajudar a compor cenas e paisagens, consegui tecer mentalmente uma versão para os episódios narrados. E o que isso tem a ver com meu PREX?
Dante desceu aos Infernos, testemunhou as piores dores e provações, viu a aflição esperançosa do Purgatório e, por fim, chegou até o Céu. Conheceu a Justiça e a Bem-aventurança. Espero que assim aconteça comigo também, no decorrer deste trabalho.
Um seguidor deste naipe será, para mim, como a companhia segura que Dante teve de Virgílio, durante a jornada pelo Inferno e pelo Purgatório. Já posso começar minha fábula.
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