"Hello, Darkness, My Old Friend".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cliente ou Clientes?

Ontem, mais uma vez, peguei a coragem que eu tinha e fui conversar com meu Coordenador. "Sem chorar, sem chorar", dizia a voz na minha cabeça. Não chorei.
Expliquei para ele a nossa situação - a resposta tardia de um cliente muito desejado. E resposta muito positiva, aliás. Já falei sobre isso em um artigo anterior. Enquanto eu falava, comecei a pensar em mais um artigo para o Blog, na terapia que o próprio coordenador me sugeriu (e que, desgraçadamente, ainda não comecei), no que iria acontecer no próximo capítulo de Tieta do Agreste, Pastora de Cabras, no meu material que eu tinha esquecido na agência, na conversa que eu teria com o sujeito da Unilever, enfim. Em milhões de coisas. Estava com medo da resposta do Coordenador e comecei a me enganar que eu estava muito distante dali.
Ele entendeu perfeitamente. Mesmo já tendo me preparado, me deu vontade de chorar de novo. De alegria. Depois de sofrer tanto, me sentir tão pequena e despreparada, parece que as coisas começaram a dar certo. As pessoas me entendem, os acasos me favorecem. Talvez seja (e deve ser) uma compensação pelo meu vale de lágrimas de há dias atrás.
"Vocês nem devem descartar o outro cliente agora. Poderiam continuar trabalhando com os dois", ele disse, e meu coração se acelerou. Depois de tanto desespero, dois clientes. Dois. Por isso, se alguém por aí está se sentindo perdido, repense. "Faça sua parte e confie", era o que todos me diziam quando eu arrancava metade do cabelo e roía as unhas até o tronco e chorava até ficar com dor de cabeça, e eu achava que eles só diziam aquilo por que estavam de fora, não entendiam meu sofrimento.
Agora, continuo achando que eles não entendiam meu sofrimento. Mas o conselho que me davam era o único possível. A vida sempre tem uma surpresa, escancare portas e janelas e verá.

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