"Hello, Darkness, My Old Friend".
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Futuro.

Assumo de uma vez por todas: é meu diário, e não do PREX. Por mais que eu preze esse trabalho, sei que ele já regulou demais minha vida (e vai continuar assim, eu sei o quanto ainda vou chorar e me desesperar. Mas não quero pensar nisso agora).

O que eu vou viver até que minha vida desemboque no período que eu quero? Quanto falta para chegar lá? Pouco, como parece? Ou ainda vou entender Ulisses melhor do que nunca?

Agora eu tenho urgência por algo que, há tempos, venho deixando de lado - é como encontrar uma coisa que julgamos tão importante, mas tão importante, que relegamos ao esquecimento de uma gaveta, achando que ainda não é a ocasião certa para usufruir daquilo. E a minha gaveta já está cheia demais.

No final do ano (muito tempo ou pouco tempo?), o Projeto que nomeia este blog estará concluído e aprovado (assim espero). Eu terei longas, longas férias. As melhores que alguém pode ter. E depois? Depois, não vou mais querer meu quarto branco, ok, Mãe? E vou precisar desesperadamente de uma caixinha de música, não importa quanto trabalho eu tenha para encontrar uma que seja perfeita. Poucas delícias são maiores do que dar corda em uma caixinha de música.

Por um tempo, quero que meus pais esqueçam que eu tenho vinte anos. Mãe vai pentear meu cabelo antes que eu vá dormir. Pai virá me acordar, nos dias em que ele estiver em casa até mais tarde. Mãe vai comigo comprar Melissas (isso, sim, é um sonho). E eu vou deixar que ela escolha as que eu vou levar - Mãe sempre sabe. Pai e eu iremos ao Castelão, andaremos juntos nas estradas cheias de poeira, debaixo do sol sem piedade, rindo de coisas simples. Afinal, todos os cearenses são humoristas. Nem todos vivem disso, é claro. Mas todos são humoristas desde o berço, isso é certo.

Quanto tempo vai levar até que eu vá para Pasárgada?


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pensei.

Estava ali no quarto, trocando de roupa, e pensei:

- Quando era melhor? No começo do curso ou agora?

No primeiro semestre, eu tinha poucas preocupações, poucos trabalhos, a vida corria mansa. Em compensação, parecia que o quarto ano ainda ia demorar uma eternidade, eu me impacientava, chorava, contava os dias que faltavam para as férias. Ao menos, eu sabia que ia ter férias.

Agora, eu estou no quarto ano. Não vou mentir que passou rápido, pelo contrário - os dias se arrastavam, eram meses. Não lembro dos períodos com exatidão - os meus marcadores de tempo eram os livros que eu lia e os CD's de que estava gostando.
As preocupações, as angústias, a quantidade esmagadora de trabalhos - nada disso me afligia nos primeiros meses de aula, agora me consome incansavelmente, não me deixa ler em paz, não tenho tempo para procurar os CD's que queria. E eu nem sei se vou ter férias.

Mas é o penúltimo semestre - já é um consolo. O curso está perto do fim, mesmo que meu PREX seja reprovado (sou pessimista para comigo mesma, sou e pronto).

E eu me decidi. É melhor agora. Seja para sorrisos ou lágrimas, alegrias ou decepções, que acabe logo. É só o que eu peço.