Uma das minhas especialidades é me livrar de coisas desnecessárias. Algumas até possuem serventia, mas eu acabo me convencendo de que avançar é mais fácil quando se leva apenas o essencial. Assim, hoje dei adeus à maletinha rosa das Meninas Superpoderosas (onde guardar tanto rímel agora?), à caixinha de plástico amarela em que eu depositava minha mesada, quando eu era criança; e a um coraçãozinho de alumínio onde eu tentava, sem sucesso, deixar as tarrachas dos brincos. Junto com tudo isso, foram embora outros tantos objetos inúteis, e eu fiquei com mais espaço para coisas novas - eis a vantagem.
Enquanto me ocupava dessa triagem no armário, achei uma folha escrita há mais de dois meses, cujo conteúdo estava, obviamente, destinado a este blog. Achei injusto desperdiçar uma postagem preparada desde tanto tempo e, por isso, ei-la aqui:
Estou sendo obrigada a me entregar completamente. Mas eu não tenho mais nada para oferecer.
Meu desempenho acadêmico sempre foi muito bom. Nunca me preocupei com notas. "Não tenho outras tarefas, tenho obrigação de ter boas médias" - digo, para me cobrar. Só sei viver se aceitar meus próprios desafios, e a intransigência é tanta que, frequentemente, perco as apostas que me faço.
Talvez esses sejam alguns dos motivos que me fazem ter certeza de que meu trabalho não está ficando bom como devia. Mas, vou tentar não pensar nisso agora.
Estou tão cansada, meu Deus! Durante três anos, me desesperei com trabalhos, provas, atividades, o diabo a sete (como Pai diria). Talvez, secretamente, eu soubesse que tudo ia dar certo. Que eu ia conseguir, afinal. Mas sempre preferi acreditar que ia tirar zero nas provas; que minhas Atividades Complementares seriam uma vergonha; que meus trabalhos seriam uma negação; e que eu ia pegar DP.
Tudo isso nunca passou de um pesadelo. E, mesmo assim, é impossível contar quantas lágrimas essas dúvidas me custaram. E eu ainda tenho muito para pagar.
---
E é tudo, não havia mais nada escrito.
Foi bom ter encontrado essa página. Foi bom voltar a desconfiar de mim - tenho me deixado em paz, ultimamente.
Entre as razões dessa trégua, estão:
coleção nova da Kipling; coleção nova da Melissa; e leituras impagáveis (nas últimas semanas: Gabriela, Cravo E Canela; Contos Inacabados; O Amante; e As Mil E Uma Noites). Como se vê, tenho coisas bem melhores para me ocupar. Amém.
Enquanto me ocupava dessa triagem no armário, achei uma folha escrita há mais de dois meses, cujo conteúdo estava, obviamente, destinado a este blog. Achei injusto desperdiçar uma postagem preparada desde tanto tempo e, por isso, ei-la aqui:
Estou sendo obrigada a me entregar completamente. Mas eu não tenho mais nada para oferecer.
Meu desempenho acadêmico sempre foi muito bom. Nunca me preocupei com notas. "Não tenho outras tarefas, tenho obrigação de ter boas médias" - digo, para me cobrar. Só sei viver se aceitar meus próprios desafios, e a intransigência é tanta que, frequentemente, perco as apostas que me faço.
Talvez esses sejam alguns dos motivos que me fazem ter certeza de que meu trabalho não está ficando bom como devia. Mas, vou tentar não pensar nisso agora.
Estou tão cansada, meu Deus! Durante três anos, me desesperei com trabalhos, provas, atividades, o diabo a sete (como Pai diria). Talvez, secretamente, eu soubesse que tudo ia dar certo. Que eu ia conseguir, afinal. Mas sempre preferi acreditar que ia tirar zero nas provas; que minhas Atividades Complementares seriam uma vergonha; que meus trabalhos seriam uma negação; e que eu ia pegar DP.
Tudo isso nunca passou de um pesadelo. E, mesmo assim, é impossível contar quantas lágrimas essas dúvidas me custaram. E eu ainda tenho muito para pagar.
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E é tudo, não havia mais nada escrito.
Foi bom ter encontrado essa página. Foi bom voltar a desconfiar de mim - tenho me deixado em paz, ultimamente.
Entre as razões dessa trégua, estão:
coleção nova da Kipling; coleção nova da Melissa; e leituras impagáveis (nas últimas semanas: Gabriela, Cravo E Canela; Contos Inacabados; O Amante; e As Mil E Uma Noites). Como se vê, tenho coisas bem melhores para me ocupar. Amém.
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